Momento Avestruz


Depois da tempestade sempre vêm a bonança, é isso que dizem. No meu caso, não foi bem isso que aconteceu. A tempestade passa, mas dentro de mim o turbilhão continua, tirando a paz. Tem momentos que falamos coisas que não sei nem de onde vem. Parece que você não quer falar, mas vêm, sai de você como algo que você não sabe o porquê. O pior é que em mim, chego a tremer depois de vergonha. Mas porque será que essa vergonha não vem antes? Seria bem melhor! Vindo a vergonha, dependendo do tamanho dela, tenho certeza que eu agiria diferente. Pois bem, como nenhuma palavra volta sozinha, meu desejo no momento é de enfiar a minha cabeça num buraco e não tirar mais. Mesmo sabendo que todos estão vendo o meu corpo ali pra fora, e que estarei vulnerável a qualquer coisa externa por não estar vendo nada ao meu redor, nada além de muita escuridão e isolamento. Pensando e tentando achar uma justificativa pra minhas atitudes, só consigo me lembrar de Paulo dizendo na Bíblia que aquilo que quer fazer ele não faz, mas aquilo que não gostaria de fazer, ele faz. Como ganhar essa luta? Como vencer isso? Minhas escolhas nem sempre são escolhas. Minhas ações nem sempre são as que eu gostaria. Mesmo sem entender nada disso, a única certeza que tenho é que preciso ainda mais de Deus em mim.

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